terça-feira, 27 de novembro de 2007

Será um sinal


Meus pés nesta areia fria, caminham por mim sem saber ao certo o rumo do seu destino. Não está ninguem na praia. É de madrugada e escrevo na areia poemas. Lá ao longe, no horizonte avistam-se nuvens, está frio...
Dormes quieto, e eu aqui, nesta praia, esperando que tudo mude. Entregas-te nos braços de outro alguem, mesmo ali, á minha frente.
Baixo a cabeça para não ver.
As ondas do mar, para lá e para cá, acabam por apanhar os meus poemas, assim como tu muitas vezes fizeste, sem te apreceberes.
Percorri á beira mar, toda aquela praia, molhando de esperança o meu peito, como a agua molhava os meus pés.
Sentei-me, chorei pela incerteza de algum dia me pretenceres so a mim.
Olhei para o céu e pedi um sinal, algo que fosse. Baixei a cabeça, e no meio da minhas pernas deitadas sobre a areia, encontrei uma pedra com forma de coração. Acreditei nesse momento...
Guardei-a para mim...
...depois de algum tempo, falas-te do teu passado, a maneira como exprimias os teus sentimentos foi estranha. Permanece agora a duvida em mim, e ao tentar encontrar aquela pedra, para ir retirar forças para lutar por nós, reparei que a perdi.
Será um sinal?