segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Jogo do copo



Um simples e aparentemente inofensivo jogo, em que em cima de uma mesa é colocado um copo, à volta do qual se forma um círculo com as várias letras do abecedário, para que o copo alegadamente por si só se possa dirigir às letras e formar palavras em resposta às perguntas feitas pelos jogadores, está a deixar os praticantes, na maioria jovens, bastante transtornados, ao ponto de tentarem suicidar-se ou terem de recorrer a psiquiatras.

À partida parece absurdo a uma pessoa comum que um copo virado para baixo, apenas com a ajuda da energia de cada um, colocando o dedo indicador na borda, se possa deslocar sozinho na direcção das letras e formar frases que supostamente seriam as respostas às perguntas feitas, mas é isso mesmo que acreditam os jovens que praticam o chamado “jogo do copo”. Para os leigos, o “jogo do copo” passa a ser muito curioso, porque sentem a oportunidade de ter uma prova da existência de espíritos e de poder comunicar com eles.

Contudo, o jogo “pode ter graves consequências”, alerta a Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP), com sede nas Caldas da Rainha, que tem recebido no seu sítio na Internet uma grande quantidade de mensagens sobre este jogo.

José Lucas, da ADEP, esclarece que não se trata de uma sessão espírita nem uma prática corrente do espiritismo, sendo uma prática mediúnica e “um meio de comunicação entre o mundo visível e o mundo invisível, que nada tem de mal quando usado nos locais próprios, por pessoas devidamente preparadas e para efeitos de assuntos sérios”.

“Não é jogo nenhum, não é nada mais que um meio de comunicação com o mundo espiritual, onde é usado um copo como "guia" e um conjunto de letras e algarismos para ser possível a formação de palavras ou quantidades. O mal está no seu uso por pessoas impreparadas, para satisfação de curiosidades”, indicou.

Segundo sustentou, “este tipo de actividade é muito perigosa e não deve ser efectuada, pois a pessoa corre perigo de obsessão espiritual. Como é uma prática fútil, sem objectivos nobres, focalizando apenas a curiosidade, são os espíritos inferiores e por vezes obstinados no mal que se apresentam, pois os espíritos bons e nobres não perdem tempo com futilidades”.

José Lucas disse conhecer “variadíssimos casos de obsessão espiritual por parte de pessoas que brincaram com este tipo de assuntos sem terem preparação para tal, e posteriormente demoraram muito tempo a libertarem-se dessa situação”.

Relatos de vários jovens com problemas psiquiátricos devido ao “jogo do copo” chegaram também à Associação Cultural Espírita (ACE), com sede nas Caldas da Rainha. Ana Oliveira, presidente da ACE, reconheceu que “muitas vezes os espíritos que se manifestam são brincalhões e provocam problemas aos jovens”.

“O objectivo dos jovens é terem certeza de que há comunicabilidade com os espíritos, acham engraçado o copo mexer-se, ir direito às letras e formar frases, só que às vezes fazem perguntas sobre as famílias e ficam transtornados com as respostas. Por exemplo, recebem respostas de que um amigo vai morrer e às vezes as coisas acontecem e eles ficam com medo e em pânico”, explicou, elucidando que “no espiritismo nós nunca fazemos perguntas aos espíritos”.

“O que parecia ser um simples jogo já teve consequências graves, com os jovens perturbados a terem de recorrer a psiquiatras”, relatou Ana Oliveira.



Curiosidade

Em Portugal existem centenas de relatos de experiências mal sucedidas e noutros países também o “jogo” fez polémica, tendo inspirado em Inglaterra um filme de terror intitulado “O jogo dos espíritos” e no Brasil deu origem à publicação do livro “Copos que andam”.

A curiosidade começa nas escolas e tornou-se “moda” e muitos são os que se questionam se serão os “copos que andam” apenas uma "ingénua" brincadeira.

Sofia, de 15 anos, fez uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos e assim tentar saber notícias do seu primo, falecido num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e ao perguntar quem estava presente, diz que a resposta foi "Satanás". Sofia ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o diabo.

Vera, de 17 anos, mostra-se confusa com o resultado, pois acha que falou com espíritos “bons e maus”, não sabendo se deve acreditar na conversa que diz ter mantido, ao longo da qual se assustou quando um dos espíritos a terá alertado para não rir durante a sessão.

Daniela conta que está “obcecada” pelo jogo e quando tem um “furo” na escola vai jogar com alguns amigos, mas tem receio e dúvidas se lhe pode acontecer alguma coisa de mal.

Outra jovem relata que “conheço um pequeno grupo de jovens que fizeram por várias vezes o jogo. Uma das jovens tinha perdido a mãe e num dos dias um dos espíritos anunciou ser sua mãe e começou a levar a jovem a revoltar-se contra o pai. Passou a ser péssima aluna, agressiva com todos e quase à beira da loucura. Levada a um bom psicólogo aos poucos foi-se abrindo e acabou por dizer que o espírito da mãe lhe dissera para se suicidar. Outra das jovens do grupo passou a sofrer de pânico. Não ia às aulas, passando a não dormir dias seguidos. Um dia tomou uma caixa inteira de comprimidos e foi levada ao hospital. Os outros elementos do grupo tiveram também de recorrer a tratamento psiquiátrico”.

Outra rapariga conta que “tenho 17 anos e quis experimentar o jogo por mera curiosidade. Tive um caso com um espírito que dizia que me amava. Ele fazia-me sofrer imensos e até tentou matar-me. Pedi ajuda a uma espiritualista, que me disse que eu estava a ser "chateada" por um demónio para levar a minha alma para o inferno. Ele ainda continua a "chatear-me", sendo às vezes impossível dormir à noite por sentir presenças más no meu quarto. O meu conselho é que nunca se metam a fazer esse tipo de jogos porque senão a vossa vida torna-se como a minha: um inferno”.

Mais uma jovem apavorada: “Uma amiga minha perguntou em que dia ia morrer e o copo dirigiu-se ao número 5. Ficámos todos aterrorizados. Será que vai morrer daqui a 5 anos? Ou num dia 5? Num mês 5 (ou seja Maio)?”.

“Era extremamente céptico quanto a isso mas muito curioso também. Acabei por matar a minha curiosidade ao fazer o jogo, mais do que uma vez. O mais esquisito que acontecia comigo era sair do jogo completamente sem forças físicas, ao ponto de chegar a cair no chão, sentir tonturas e dores de cabeça”, descreve um rapaz praticante.




Explicação científica

Não há uma explicação cientificamente provada que diga porque é que os copos se mexem, como afirma a maioria dos praticantes do jogo.

Para alguns, o movimento não é mais do que a mera transferência de energias de uns para outros, passando pelo copo. Uns têm as energias mais fortes que outros, atraindo o copo para si.

Outros sustentam que para conhecer porque se move o copo, basta estudar a Física. O copo move-se seja sobre que material for. Há quem explique que o copo causa fricção em certos materiais e faz com que se desloque sozinho, sugerindo a quem não acredite que tente fazer o jogo do copo em materiais tipo alumínio, ferro ou azulejo.

Fácil de fazer

O “jogo do copo” é fácil de fazer. Só é preciso escrever em pequenos quadrados de papel, com aproximadamente 3x3 cm, as letras do alfabeto e os números de zero a nove. Deve-se escrever também um “sim” e um “não”. As letras e os números são colocados por ordem numa mesa e o “sim” e o “não” mais ao meio. Depois coloca-se um copo no centro da mesa. Quando for para começar os jogadores devem dar as mãos e concentrarem-se. Quando já estiverem todos concentrados devem colocar o dedo indicador na borda do copo e iniciar as perguntas.

Medo



O medo é um sentimento que é um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.

O medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico.

São Cipriano



Quem era o místico São Cipriano? Um santo, um feiticeiro, ou um bruxo na pior acepção da palavra? O que esconde o livro de São Cipriano? Conheça um pouco da história de um dos nomes mais míticos da fé.

Tascius Caecilius Cyprianus, conhecido popularmente pelo Feiticeiro, nasceu na cidade de Antióquia, algures entre a Síria e a antiga Arábia. Foi enviado para o sacerdócio dos deuses pelos seus pais, e lá aprendeu toda a lei do sacrifício e da arte de idolatrar algo/alguém. Do seu currículo contam-se inúmeros trabalhos teológicos, muitos deles de valor reconhecido. Porém, uma viagem à Babilónia com o intuito de aprender astrologia e numerologia, levou-o para os caminhos misteriosos da magia. Foi por esta altura, já após ter completado os 30 anos, que Cipriano tenta o contacto com os demónios!

Nas bancas é possível encontrar o famoso livro de São Cipriano. E quem nunca ouviu falar dele? Ainda assim, é de salientar a existência de dois livros: um que ensina magia preta ou branca, para além de todas as artimanhas ligas à sorte, e outro, contendo orações de amor, podendo lá encontrar-se orações inofensivas, outras maléficas, e algumas verdadeiramente repugnantes. Cipriano apurou a sua malvadez, o sarcasmo, e aproveitou-se desse facto para estudar a magia, tanto a mais ingénua como a mais fatal possível. O objectivo foi sempre entrar em contacto com demónios, e conseguir ter com eles uma relação de proximidade.

A par deste método de estudo que Cipriano desenvolveu na Babilónia, é ainda de realçar a vida que o mesmo fazia por lá: imprópria, escandalosa, sempre muito longe das bases que regem um homem da fé. A vida de Cipriano começou a afundar-se cada vez mais, à medida que tentava estabelecer contacto com os demónios, através de diversas magias. Eusébio, antigo companheiro de estudos, tentou ainda tentar salvar Cipriano, mas este apenas desprezava a sua ideologia. Cipriano, completamente dominado pela bruxaria, chegou mesmo a desprezar a lei cristã, ridicularizando-a ao máximo, e chegando a unir-se, mais tarde, aos bárbaros, para obrigar os cristãos a renunciar a Jesus Cristo.

Uma história que se conhece acerca de São Cipriano é aquela que fala de Justina e Adelaide. Foi esta a história responsável pela conversão de Cipriano. Justina era bela e rica, jovem totalmente entregue à fé cristã. Um rapaz chamado Adelaide ficou encantado por ela desde a primeira vez que a viu, e apesar dos seus pais concederem a mão da filha ao jovem, Justina não concordou casar com ele. Foi nessa altura que Adelaide procurou Cipriano, recorrendo este aos métodos mais diabólicos para conquistar a jovem. Inúmeros fantasmas começaram a atormentar Justina, mas esta conseguiu salvar-se de todos os malefícios de Cipriano. Este episódio originou uma enorme disputa entre Cipriano e o demónio que havia contactado para o ajudar, chegando o demónio a apoderar-se do corpo de Cipriano. Porém, o demónio foi logo obrigado a sair graças ao poderes de Jesus Cristo, que o defendeu na altura.

Conta-se que Cipriano procurou de imediato o seu amigo Eusébio, reconhecendo todos os seus erros e a força da cristandade. Desta forma, Cipriano empenhou-se numa grande batalha para conseguir vencer as tentações do Diabo, que o avisaram desde logo que Cipriano teria um lugar no Inferno por os ter abandonado. Cipriano viria a queimar todos os seus livros de magia, deu tudo aos pobres, e ingressou no grupo de catecúmenos. Cipriano viria também, posteriormente, a ser baptizado pelo Bispo, e ser considerado um santo por muitos graças à sua entrega.

A sua conversão à fé foi tanta que, tempos depois, Cipriano e Justina foram presos, e vítimas de diversos horrores, talvez por inveja daqueles que tanto apregoavam a fé. Atirados para um caldeirão de alcatrão, banha e cera a ferver, Cipriano e Justina limitaram-se a permanecer serenos. Como os dois mártires não sofreram, Diocliciano, um das pessoas detentoras de maior poder, ordenou que ambos fossem degolados, no dia 26 de Setembro, nas margens do rio Galo.

A vida do feiticeiro, bruxo, e astrólogo Cipriano foi repleta de avanços e recuos no que compete à fé e religião. De feiticeiro ele passou a Santo, protagonizando acções dignas de uma pessoa com este título, e realizou autênticos milagres. Para trás ficaram as magias, rezas, o sofrimento, e o contacto com os demónios que levou Cipriano a cometer as maiores loucuras. Não se sabe se seguiu para o inferno ou não, mas apenas que a vida de Cipriano originou sempre muita discussão e controvérsia. Para que perceba até que ponto podia ir a perversidade deste homem, fique a conhecer uma oração sua. Esta oração deve ser rezada com uma vela acesa e uma faca de ponta nas mãos, colocando o nome da pessoa no lugar de ‘fulano’. Esta é uma das tais orações que pode ser usada para fazer bem ou mal, dependendo da intenção de quem recorre a ela.

Estende-me a mão



Acendo um cigarro e coloco uma musica, numa tentativa de me inspirar para escrever algo. Vejo afinal que todos os sentimos são colocados na mente por nós priprios.
Converso então comigo, questionando-me da minha propria existencia, sem sequer me importar comigo.
E nesta breve existencia de nada, de um espaço vazio, quero me de volta.
Quero apenas estender a mão a mim proprio tirando-me desta estranha forma de vida, em que vou vivendo, caminhando, sorrindo, e que em nada me satisfaz.
Então tento ser um génio completo, quando na realidade sou um fracasso.
Quero apenas viver sem ter medo daquilo que possa eu mesmo racionalizar, fugindo das verdadeiras questoes da vida, em que não fazendo parte de mim me pertencem num suspiro tão arrepilante como um choro de uma criança faminta.
entao apercebo-me que sou não eu que quero dar a mão mas sim recebe-la sem medo de condenações impostas por mim mesmo.
Então espero por essa mão, que tarda em chegar...

Caminho limitado


À luz da vela escrevo
palavras infinitas e infamias.
Abri a janela do meu quarto
e reparei que chovia,
fez-me pensar em mim,
nesse mesmo dia eu tinha chorado.
é noite e esta escuro
assim como a minha alma
em que nesse dia a noite em mim
tinha chegado mais cedo.
Observo e ouço os carros
e penso que vidas vão dentro deles.
Será que sofrem como eu?
Será que choram como eu choro?
penso naquilo que me rodeia
em pensares e conversas de café
tão futeis como eu me sinto, ou senti
Nesse momento volto a reparar que não pára de chover
Gotas como nós
vindas do céu para o solo,
um percurso de vida curto,como o nosso
que vimos de nossas maes, para um solo medonho
senti-me incapaz de desviar o olhar daquela água que não pára
e lembro me da minha vida,
que tento parar a todo o custo,
sem me aperceber que ai o tempo passou
e eu deixei de viver,
um passado ao qual ja nao posso viver,
e que sem mais, vi que perdi.

Acorda Diabo



O chorar do teu sorriso
penetra-me na alma.
porque fingues ser tao mau,
se todos nós temos o nosso lado bom
Senta-te e pensa
olha no funco do teu coração
e agarra-te
há obediencia de teu pai
Desprende-te dos sete pecados mortais
deixa-me viver aquilo que já viveste
e passa a viver aquilo que já vivi.
porque sorris da tristeza,
porque ficas triste quando alguem sorri

Aprende a sorrir meu querido Diabo...

Pergunta num silêncio de um olhar...




O luar preenche todo o vazio que te invade,
lava-nos a alma e não nos deixa voar...
A lava que escorre do teu coração,
é a chama acessa dentro de um olhar
perdido no meu tempo.
Tempo que acorda o ser da paixão
que só a morte sabe explicar.
Pois só quem ama
sabe o que é a solidão
e não sabe quem é o perdão
quem nunca chorou.
O sangue que te corre.
já correu no tempo da escuridão
do suor das magoas por ti vividas,
e são essas magoas que não vejo.
o teu sentir, já eu senti.
Olha nos olhos do meu espelho
e pergunte, quem sou eu.
ele nada te responderá
mas se perguntares, quem és
ele responderá num silencio de um olhar,

és linda como o meu luar...