sábado, 16 de janeiro de 2010

Há muito ouvi dizer que ser feliz
é viver aquilo que nos pertence

sentindo o doce amargo viver
correndo para ser feliz

aceitando aquilo que nos é alheio
porque estamos vivos, vivendo

olhamos há volta e vemos, nada
nada daquilo que queremos ver ou sentir
como posso tornar-me crente
naquilo que sei nao existir
nas gotas doces do mar
no calor de um cubo de gelo
como posso eu acreditar?
num clarão nocturno
ou ate mesmo num eclipse da terra

mas vou fingindo acreditar
que tais são como realidades minhas
realidades que nao vejo
que nao sinto
vou acreditando naquilo que sei
sabendo nao fingindo
que sei nao serem posiveis