sexta-feira, 3 de abril de 2009

Conversa do prazer


-sinto saudades de sentir...
-Como assim, não consigo perceber?
-é normal, dizes sempre o mesmo, nunca percebes, nunca entendes. A vida nem sempre é conjunto pré-definido daquilo que somos, mas sim conjuto de sentimentos.
-sim já sei, dizes sempre o mesmo. Mas afinal o que é que se passa? O que tens?
-Nada

(silencio)

-Estas a pensar no que?
-Em nada
- claro, então não percebo tudo isto, senao tens nada porque esta atitude e este silencio agora?
-Não sei o que te dizer... se é que ainda existe algo para dizer ou fazer.
- O que queres dizer com isso?
- Nada de especial, apenas pensei alto.
- Ultimamente andas sempre assim, já não sei o que fazer.
- Beija-me
- Desculpa, primeiro fazes isto tudo, e depois é assim, beija-me.
- Beija-me
-Importaste de primeiro me dizer o que se passa contigo.
- Tenho de te pedir novamente, beija-me merda.
- mas...
-Mas nada, limita-te a fazer me sentir. Chega aqui...

Foi ai que encostei o ouvido na orelha e dize baixinho
- Fode-me

Deitei um sopro quente sobre o seu pescoço, passei a lingua sauve e molhada pelo peito. Rasguei a roupa. Não se ouvia nada. Apenas a a respiração de ambos, uma respiração quente, humida e cheia de tesão.

-Amo-te muito, sabias..
- Cala-te, isso agora nao importa.

voltei a dizer num tom mais agressivo
-fode-me

Notei alguma estranhesa na resposta que lhe tinha dado, mas nem liguei, o que queria naquele momento era simplesmente foder.

senti os corpos cada vez mais quentes, senti suores, desejos.
os beijos eram cada vez mais intensos, maiores, com percursos corporais extensos.
As linguas percorriam a pele, a mais escodida pele.
Soltaram-se gemidos, barulhos, vibrações.
era a carne a falar por si.
já sem roupa, deite-me na cama, e continuava a sentir aquela lingua pelo meu mais intimo corpo.
Agarrei-te. te gemeste de prazer e fizeste-me gemer tambem.

- Fode-me...