terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amando

Estou cansado de escrever.
estou apenas cansado.

Estou triste por nao te ter,
estou apenas desesperado

Estou frustado por viver
estou apenas á espera

Estou viciado em sofrer
estou apenas numa quimera

Estou visivelmente imundo
estou apenas caminhando

Estou á espera de dizer ao mundo
estou apenas amando

Nossa historia de amor

... queria viver um grande amor, mas chegava-me um amor grande. Daqueles com promesas e juras de amor eterno, capazes de fazer o mundo mudar, pelo menos o nosso mundo. Escrever em arvores, rasgando seus troncos com nossos nomes, escrever na areia o quanto amar é importante.
Queria simplesmente viver a intensidade, de amar incondicionalmente. Sofrer quando a alma gemea sofre, chorar quando chora, sorrir quando sorri...imaginei só.
Mera melancolia instalada em mim, por tudo o que sou e desejo ser...
Queria viver paixoes, verdadeiramente ardentes.
Mas no funco tenho te a ti, e isso faz de mim feliz, porque embora nao seja um grande amor, nem um amor grande, é o meu amor.
E com toda a intensidade que lhe dou, e que me entrego, faz da nossa historia, a mais bela historia de amor...pequena, grande intensa ou nao, simplesmente a nossa.

Báu...

Por portoes a dentro, encontro ausencias estranhas á minha presença. Era noite, e pouco se ouvia, apenas aquele silencio que tao fortemente me intimidou, provocando em mim um mau estar, que dorou pouco. Tudo era estranho ali, aquele arvorevo que engovia a vista da fachada principal da mansão, mas elas não podiam deter a minha vontade de entrar. Foi entao que comecei a entrar, pé ante pé, numa tentativa de alcançar visualmente a casa, mas ela tardava em mostrar-se.
Ouvi por detras de mim o portao de ferro, a fechar-se. Era um portão velho e frio, talvez pela noite, mas notava-se gasto pelo tempo. Assustei-me, mas não parei.
Todo aquele caminho de pedra contornado por um rodapé baixo, que dava acesso ás zonas germinadas da casa, faziam lembrar me um cenario de conto de fadas. Tentei olhar para o ceu, mas não consegui devido ás arvores, que se fechavam em arcada, fazendo um resguardo para a quem ali passava. Voltei a olhar em frente sem nunca para aquele passo ritmado, a que todo o cenario ostil me obrigava.
Senti, então um frio na espinha, quando finalmente avistei a fachada principal. Um misto de maravilha e medo. Que enormidade de casa, pensei eu...
Era uma casa velha e extremamente abandonada, como senao morasse la ninguem, e se calhar, até não morava...
Mas o meu objectivo era só um, entrar e trazer aquilo que alguem la tinha deixado e que eu queria para mim.
Com passos amedrontados, chegei até á porta, e bati.....nada.
Voltei a bater, e voltei a receber silencio como resposta.
Entao decidir ve verificar se estava aberta, mas não. O normal naquela situação.
Como iria entrar ali dentro...
eu teria de entrar, e eu sabia que ia conseguir, mas como?
Pensei então em contornar toda a casa, mas ela era enorme, e com todo aquele jardim, certamente me iria perder, e na situação em que estava, isso seria a ultima coisa a puder acontecer me.
Notei entao, que uma das janelas da frente, tinha um vidro partido. Coloquei meu braço e abri a fechadura da janela, que enferrujada pelo tempo teimava em nao abrir. Mas lá consegui, e entrei na mansão.
A lareira acessa, intrigou-me. Se não estava lá ninguem, como é que a lareira estava acessa, e porque?
Parei, estranhei, questionei-me, mas nao desisti do meu objectivo, e mesmo com medo de todo aquele cenario, eu iria encontrar o que andava á procura.
Precorri toda a sala com olhar atento naquela lareira, que teimosamente ardia. Sabia que o que andava á procura estava no sotão, e que iria levar algum tempo ate o encontrar, mas mesmo isso nao me deteve.
Foi então que uma escadaria enorme e extremamente larga, se colocou á minha frente. Havia luzes de candeiros acessos, cadeiros esses sujos pelo tempo. A luz era pouco, mas o suficiente para avistar todo aquele compartimento da mansão.
Devagar subi as escadarias, colocando os meus pés, no tapete em tons de vinho, que percurria todas escadas até ao seu termino. Ao chegar, reparei num corredor, tambem ele cumprido e largo, com portas de madeira em todo o seu percurso. Portas fechadas, ao qual nao ousei abrir, pos tinha a certeza de que o que queria nao esta ali, mas sim, naquela porta branca e limpa, mesmo ao fundo do corredor. Essa nao estava fechada, mas sim entreaberta, e eu não esperava outra coisa. Abri lentamente, outras escadas, estas bem mais pequenas que as anteriores. Subi...
Havia pó por tudo o lado, quadros, retratos, brinquedos e até um diario, ao qual nao ousei abrir.
Foi ai que vi diante dos meus olhos o que procurava, devagar corri ate ele, era um báu... Mas nao era um báu como os outros, ali dentro estava o que eu mais queria na vida, o que de mais valioso para havia. Tive medo que estivesse trancado, e esperei algum tempo até ter coragem de tentar abri-lo. Se estivesse fechado, seria como um punhal no meu coração, e temi que realmente a desilução me bate-se á porta. Mas eu teria de saber, e foi ai, num impulso destemido que peguei e abri... estava aberto. Meu olhar iluminou-se e brilhou ao ver ali, o que tanto queria...
Tinha conseguido chegar até ele.
Coloquei entao as minhas mãos por dentro do báu, e peguei...
Eu já sabia que era bonito, mas nunca pensei que fosse tanto.
E foi ai, num choro de felicidade que retirei o teu coração, que um dia alguem la tinha deixado.
Guardei-o para mim, e agora amo-o, como nunca amei ninguem...

Todos diferentes, todos iguais...




Não sou ninguém, sou apenas eu, que como eu, me deixo levar pelos vossos "eus", sem me questionar se é isso mesmo que quero. No entanto, percurro caminhos escuros de extrema insatisfação, apenas para vos fazer sorrir.
Estranhas formas de viver, presas, capturadas e rebostacas pela ausencia de nós.
Quero apenas viver...
Tão simples como a propria palavra. Olhar fortemente ao espelho sem vergonha de mim, sem vergonha de vós, que com nossas vontades, afogamos tudo e todos em momentos de pura ficção, um sub-realismo vidrado no horizonte de todos os que respiram, tendo consciencia que o fazem.
Gritos de condulência, ouvidos do meio da imensidao silenciosa, que se sufoca, em olhares discriminatorios, esquencendo que todos somos pessoas.
Quem nos move tais conciências leves e falsas, de preconceitos imundos que nos afastam uns dos outros como se tratase de seres nojentos, seres que como nós, sentem e sofrem.
Cor, sexo, religiao e por ai fora, sao meros adjectivos, que nos rotulam tão fortemente, para uma sociedade mundana, triste e feia.
Pecados puros, impostos, sem condenacao pelos proprios, com olhares de choro, para um horizonte melhor... e é por isso que vos digo.
todos diferentes,
todos iguais...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Simulações...

...acendo outro cigarro, e continuo a escrever. Como posso tornar-me tão repetitivo, se este acto que começa a irritar... então porque é que o faço, porque é que continuo a acender cigarros se este acto que começa a ser desconfortável.
...todas essas sensações são provocadas pela minha consciência, pelo facto que este acto é pensado,... porque na realidade quando fumo sem escrever, já não me irrita, talvez porque seja impensavel, pensar que o faço tendo consciêcia que o estou a fazer.
Tantos são os actos que são consciêntes mas ao mesmo tempo impensados...e a pergunta agora é...
Como tal é possivel?

O ambiente agora é outro, cenários diferentes, como se de uma peça teatral se trata-se, em que o pano de fundo muda, ou talvez não, dependendo da perspéctiva que olhamos para ele.
E quando me apercebo desta mistura, refugio-me em mim, e penso ser outro, não porque não goste do meu verdadeiro eu, apenas porque tenho outros, que precisam de se exprimir em mim.
Então porque simulo sensações, se esses mesmo, sou eu...
Porque fingo sentimentos tão reais que partem de mim para os outros?

(Penso...)

Na verdade sou um ser multifacetado, chego mesmo a acreditar neste simulacro de tristezas impostas por mim, nestas emoções, neste jogo, onde todos os jogadores "sou eu", e "apenas eu"...
A imensidão do céu questiona-me, Faz-me acreditar em tanta coisa, e é ai, que sou invadido por frustrações enormes da minha existência, frustrações essas que não me pertencem... e ai o meu mundo pára...
Sinto-me então só, sinto-me abandonado de mim mesmo, tenho a certeza de quem sou, mas não me lembro é como uma amnésia perfeita do meu ser.
Porque é que tudo o que fazemos é questionavel, porque é que temos de ser sempre julgados por actos que só a nós nos pertencem?
São esses olhares que me fazem ser outro a escrever...

Porque finjo ser outro para escrever, sentimentos ou pensamentos ficticios de um ser que não existe... apenas simula viver para escrever...

Ausência




Não quero apenas ser mais um neste mundo. Quero sorrir sem medo...
Lá fora a chova cai, e eu quieto, ao som da lenha a queimar na lareira feita de pedra, ouço uma musica que me acalma o espirito, e lá fora a trovoada não pára, fazendo flash´s de luz, que me entram pela janela, iluminando me a cara.
Calmo penso, em mim, e em tudo aquilo que a minha vida se tinha tornado até então.
Naquele tapete, e com uma manta colocada sobre as costas, olhando aquelas chamas acesas, todo o meu corpo aquecido, pelo calor da lareira, fazia-me sentir confortavel.
O rustico de todo o cenário era perfeito, senao fosse a tua ausência.
Foi então que reparei que tinha deixado de chover. Recostei-me para trás e adormeci,no calor daquela sala fria provocada pela tua ausência

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Para quê...

um suspiro que sinto
de alguem,
um silencio vindo do meio da multidão
quero pintar a lua
da cor da terra
e o sol
da cor do mar.
Uma sombra que me persegue
e corre atras dos meus
pensamentos mais desnus.
sentir o calor do gelo da minha lagrima
que cai, e que num percurso de vida curto
morre em mim
As chaves do meu coração
foram arrancadas
como um punhal
que prespassa o senso comum
e para quê...

Vais despindo...

vais despindo
pouco a pouco
o teu corpo
belo corpo
sopro quente...
vais despindo
pouco a pouco
teu corpo
até ao ultimo..
tua pele branca ganha nudez
abres o corpo
suspiro a suspiro
ganhas forma
e movimento.
e ao aconchego
do meu corpo vais vestindo
pouco a pouco
desejando outro apelo

Será?

o meu olhar triste
é causado da dor
em mim ainda existe
a semente do amor

é por ti que choro
sem nenhuma explicação
será que ainda moro
dentro do teu coração

eu amo-te ardentemente
a magia ainda me faz sonhar
com aquela estrela cadente
numa noite sem luar

o meu olhar anda triste
por estares longe de mim
será que vou conseguir
renascer no teu jardim.

Lágrima

De repente,
pensei em ti,
e não sei porque.
Olhei para o céu
que estava azul
aquela folha verde caida
fez-me lembrar a cor dos teus olhos
Vi tambem uma nuvem
que andava por ali sozinha,
e imaginei-me
deitado sobre ela
até que senti
uma gota de agua
que poisou em mim
e quando me apercebi
vi que era uma lagrima
que outrura
vinha de ti...

Solidão

No vazio da noite,
eu te espero
No ultimo sincero,
fecho os olhos
Imagino a tua chegada.
As palavras bonitas
pronunciadas pela tua boca
e nada...
Os teus beijos
eu anseio
esses labios humidos...
Desejo ouvir o toque
do teu coração
O bater das tua saudades
e nada...
enfim,
oura ilusão
Uma viagem imaginaria,
uma procura..
e ao mesmo tempo um escape,
a esta minha solidão

A culpa é minha...

Mas afinal porque choro, se te tenho. Porque fico triste se te pertenco.
Nesta vida maravilhada por tudo o que nos rodeia, vou angustiando meus pensamentos pela tua ansência presente. Tento rir, Tento esquecer o que por vezes me fazes sentir... e porque?
Olho calmante da minha varanda para o ceu, numa tentativa anesteciada de parar e pensar o porque de todo isto, mas nada.
Pego então em mim, e vou caminhando por um sentimente solto de mim, esperando que um dia, os teus gestos mudem...
Mas nem tudo são culpas, e ao olhar para o infinito ceu azul, mais uma vez, apercebo-me que por vezes, a culpa é minha...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Que dia!

Hoje ao acordar reparei que iria ser um daqueles dias.
Não queria levantar-me, mas tinha que enfrentar a realidade solitaria que o dia me estava a reservar.
Porque é que tudo tem de ser sempre assim...
Acendi um cigarro, e ali fiquei quieto, sentado naquele sofa vermelho colocado ao pé da janela da minha sala. O mue unico companheiro era o silencio... chorei, e nao sei porque...
Esta realidade que tanto me satisfaz, e que ao mesmo tempo me sufoca...
O cigarro ja no fim, e eu ali no principio daquele dia tão longo... que iria eu fazer?
e neste pensar voltei a adormecer...
quando acordei o dia era outro para mim, era mais colorido, sai de casa e fui sorrir...

O que te peço afinal...

...puderia pedir-te a terra e a lua, mas não o faço. Puderia pedir-te este mundo e o outro, mas não o faço...porque sei que nao depende de ti.
Queria apenas sentir que sou importante para ti, como um dia ja senti.
Quero amanhecer com a certeza que me amas, sem questionar o quanto...
E ao contrario da terra, da lua, deste mundo e do outro, isso tu podes dar-me.
Então o que te peço eu...
Apenas que estejas aqui...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

É um café...

Sentado nesta mesa de café, tento colocar desesperadamente colocar a minha consciência no meu corpo, consciência essa que se soltou ali mesmo.
A musica de fundo, de uma banda qualquer, não conseguiu interpelar os meus pensamentos. Com esta caneta roida, que o empregado de mesa de emprestou, começei loucamente a rabiscar. Tudo ali parecia perfeitamente normal, apenas eu, é que não, pois não é normal sentar-me numa mesa de café, pedir uma folha de papel e uma caneta, de preferencia não roida, e começar a despejas letras.
Apercebi-me de conversas, de que, como peças de um puzzle, poderiam por breves instantes fazer paineis de vidas de gente que como eu, se sentam e escrevem. Estava quieto a observar um passaro que ali estava também, depenicando o chão…e saltitando lá ia brincando, feliz na sua incosciênte existência, foi ai nesse breve instante que lentamente minha coinsciência foi fugindo de mim, fazendo-me maravilhar com aquele passaro que tanto tinha em comum com tudos os outros que já tinha vista até entao. Mas o olhar que lancava a este, era diferente…
Passaro que voa, brinca, canta e faz sem ter consciência do que esta a fazer,e ai vai vivendo sem pensares, sem preconceitos, apenas com o instinto que a natureza lhe deu… que inveja, a natureza não me ter dado tambem esse prazer, o prazer de agir sem medo das represalias, e fazer as coisas inconsciêntemente e ter consciência disso, sem ter medo da minha proprio consciência…
Um viver apenas por viver, sem escolhas, preconceitos, religiões, saberes e falsos moralismos…
Naqueles segundos da minha observação plena daquele ser tão pequeno, senti-me como ele, até que os meus pensamentos foram interrompidos por uma voz fina, ao dizer:
“O que vai desejar?...”
Foi ai que acordei para a realidade e apercebi-me da figura que estava a fazer, ao rir sozinho naquela mesa de café, olhando para um simples passaro.
Num tom ironico para mim mesmo dize em voz suave e baixo, transportando-me para a realidade da minha existencia:
“é um café…”

Como tudo começou...

Foi naquela noite que me fizeste tremer, numa dança gestual, num olhar embreagado, falsamente embreagado. O dia tinha terminado e ali nos encontravamos, e num pensar que tudo isto era pensado, eu sabia que estavas ali para me amar, mas tinha medo. Então não avançei, não fiz nem dize o que queria dizer. E a noite ia passando, e com ela as nossas vontades foram ficando soltas. Apercebi-me então alhando para ti, que me ia apaixonar profundamente, e então a noite tornou-se magica.
Beijas-te, tocas-me… e fizeste-me feliz.
Deixaste-me em casa, com um olhar de medo. Subi as escadas, abri a porta da minha casa e entrei…chorei, há muito que esperava por tudo aquilo, tremi e por fim sorri. Queria enviar te uma mensagem, não me lembro se o cheguei a fazer, mas recordo-mo que adormeci a pensar em ti, e no que viria pela frente.
Era mais um dia na minha vida, mas este foi um amanhecer diferente para mim, foi um amanhecer de esperança, depositei em ti tudo o que queria para mim, acreditando que contigo tudo seria diferente, e foi.
Não sabia o que pensar, o que fazer, nem tão pouco como agir contigo. Vou para o trabalho, com um sorriso enorme nos labios, como uma criança quando recebe um rebuçado. Ali estava eu de frente daquele monitor, no meu posto de trabalho, quando na realidade queria estar diante de ti, apenas para puder ver o teu olhar, para puder se brilhava como o meu, e saber o que estavas a sentir. E ali quieto esperei, a minha perna inquieta mostrava sinais de nervosismo puro, a caneta fazia contornos numa folha de papel algures na minha mesa. Levantei-me e fui fumar, agarrava fortemente o telefone na expectativa de que ele me desse noticias tuas, mas ele teimava no silencio. E ali, queria ligar-te, queria simplesmente ouvir tua voz, bastava apenas ouvir o teu respirar. A hora ia passando, fumei outro cigarro para dar tempo para me dizeres alguma coisa. Mas nada…
Estava com medo que todos os meus pensamentos em relação a ti estivesem errados, tudo aquilo pelo que esperava, puderia ter sido efemero, e ter acabado mesmo ali na noite anterior… não sabia, estava confuso, ansioso por saber se estavas como eu, ou se tinhas esquecido o que se tinha passado. No fundo eu sabia que era impossvel, pois o toque do teu corpo, os teus labios e o teu olhar tinham sido tão transparentes, que era impossivel ter sido algo sem significado, mas a duvida iria continuar, ate aquele telefone tocar.
Voltei a sentar-me, e voltei a baloiçar novamente a perna, e aquela caneta, voltava a desenhar naquele papel já gasto pela minha prorpia ansiedade. Havia barulho, gentes como folhas para tras e para a frente, e eu ali quieto… Volta e meia atendia o telefone, falava com pessoas que me eram desconhecidas, desconcentrava-me, ao fixar o meu olhar no telefone que coloquei mesmo ali, á minha frente.
E foi ai que sorri, não queria dar a entender o quanto era importante para mim aquele momento, mas acho que não consegui, era nitido a felicidade estampada no meu rosto, era uma mensagem tua… e a partir dai acreditei…
Acreditei , e com o passar do tempo ainda acreditei mais, e agora acredito que podemos ser felizes, e hoje, esse olhar calmo, diz me que me amas. Então espero loucamente, que esse olhar não mude, porque é ele que me faz sorrir num silencio de sons transmitidos pelos sentimentos…
Obrigado

domingo, 21 de outubro de 2007

Droga de vidas

Mata a curiosidade, mas não te mates a ti por ela...

Relato de quem se deixou levar pela droga.

Eu era uma garota de 15 anos

"Eu era uma garota. Uma garota que, aos 15 anos de existência, deixou de viver, mas que agradece a Deus a felicidade que um dia possuiu.
Eu era como você, autêntica, amiga, feliz e o mais importante era que eu vivia.
Nessa etapa, nessa época, eu saía da escola abraçada com os meus amigos, trocávamos mensagens de fé, carinho e amor. Saíamos todos juntos sem distinção de cor, raça, sexo ou religião. Nós nos divertíamos ao máximo.
Quando íamos à igreja, rezávamos todos juntos com uma chama de esperança nos olhos, de um mundo melhor.
Naquela época eu tinha amigos. Sempre que precisavam de mim, eu estava disposta a ajudar, fazia o que podia para tirar você da angústia. Um dia fiquei angustiada e fui falar com você. Pedi uma palavra de fé, esperança, conforto, e você mostrou-me algo que chamou minha atenção, um algo que parecia com um cigarro comum.
Você ofereceu-me e disse que aquilo ia me fazer bem, iria me ajudar. Fumei aquele cigarro sem medir as consequências, pois acreditava em você.
Enquanto estava sob efeito do tóxico tudo estava bem. Passando o efeito, procurei-o novamente, e novamente você me ofereceu a famosa ' maconha'.
Passou muito tempo e minha vida foi se resumindo em procurá-lo, ou melhor, procurar a maconha que você me oferecia. Na realidade eu já era uma morta-viva, porque a única coisa que me mantinha viva era o meu coração, que não havia parado de bater.
Resolvi então procurar alguém que pudesse me ajudar a deixar a maldita droga. Fui ao médico.
No dia seguinte, fui buscar um dos vários resultados dos exames que o médico havia pedido, justo no dia do meu aniversário, no dia em que completaria 15 anos. No resultado, constava uma doença grave em alto adiantamento, pouco tempo de vida. Morri antecipadamente, morri porque você foi um dos culpados, também responsável pela minha morte. Na realidade você foi um dos principais, pois quando lhe pedi vida você me ofereceu a morte."

Olhos de já não consegue chorar...



A ti que les, o que te falta?
Tristemente olho para aqui, e sinto me pequeno, sujo e até mesmo despresivel...
Que rosto marcado. Que olhar calmo e sereno de quem espera, sabe se lá porque...
Olhei pela primeira vez para esta criança e chorei, não de pena dela, mas sim de vergonha por todos nós. Nem sei o que escrever...

Pelo que esperas, menino?

Para onde olhas?

Menina



Caminho sam saber por onde, sem saber se sou eu mesmo a caminhar, por solos esquecidos por alguem que ali mesmo ja caminhou, sem nunca ter pensado que um dia eu mesmo, iria lá caminhar. Vou, entao sorrindo por esse passeio, olhando para ele tão fixamente que chego mesmo a esquecer para onde vou, sabendo que ia...
Estranhamente sou abordado por alguem, levanto os olhos e vejo-a ali, tão miserável como eu, rebosco aquela imagem todas as vezes que ali passo. Era uma criança, que vageava como eu, por situações diferentes, por realidades diferentes. Ainda posso ouvir as palavras vindas da sua boca suja, toda ela era suja, um misto de humildade e arrogancia espelhados num ser tão pequeno. Assusto-me, pois ia distraido na melancolia da minha vida, sem nunca pensar que ali alguem me iria abordar tão repentinamente. Era o cair da noite, depois de uma de chova, não me recordo ao certo, mas quase posso afirmar que a lua ja tinha acordado para mais uma noite.
O que fazia então uma criança aquela hora sozinha, na rua, num passeio que rodeava a igreja. Havia arvores e bancos de jardim, Lembro-me da luz do candeeiro , que iluminava uma das portas laterais da igreja, deduzi pelo cenário funebre, que ali mesmo havia um termino para alguem que ja não nos pertence. Ouvi choros e gritos de desespero, de saudade, por alguem que partira com a certeza que já não voltava. Mas e aquela criança que fazia ali?
Como é de calcular, agora que este cenario me foge do olhar, consigo pensar mais calmamente naquela excerto da minha vida que demorou segundos, mas que tanto me tem dado que pensar. Era um misto da minha vida, com a vida daquela criança, e as vidas daqueles que estavam a dizer um ultimo adeus a alguem.
O meu olhar cruzou-se por instantes com aquela criança. Não sei ao certo decifrar os sons que sairam de sua boca, pois a unica coisa que me recordo foi os "nãos" constantes que dizia, em tom de desprezo, para com aquele ser que não devia ter mais de dez anos. Anos esses gastos, por alguem que não soube o que fez ao por no mundo um ser tão precioso, tão puro. Neste relampago de olhares notei que ela chorava, mas mesmo assim não detive a mensagem gestual que me lançara. A minha unica preocupação era continuar a olhar para aquele chão, que tanta gente já pisou, e levar comigo todo aquilo que estava a sentir. Continuei sem pestanejar, até que, não parando o meu percurso olhei para atras, mas já não a vi.
Depois as palavras daquela criança, comecaram lentamente a fazer sentido na minha mente, que igoista não esitou em despresa-la.
Estava perdida, aflita, unicamente desejava, depois de um dia exaustivo, encontrar seus pais, de quem se perdera. Mas como eu podia advinhar? Aquela criança parecia-me uma pedinte, uma daquelas que andam a pedir dinheiro para dar aos pais, e que chegam mesmo a roubar.
Preconceito puro, naquelo momento senti-me mal, pois não tive a capacidade de ajudar uma menina perdida, pois pensei que pertencia a uma etnia qualquer, andando na rua, numa tentativa de enganar alguem.
Pergunto-me o que terá sido feito daquela alma que tão friamente rotulei, e despresei...
Os meus valores tinham ficado onde naquele momento...? Valores esses impostos por uma sociedade que julga sei ouvir, e que pensando só nela, comete erros como eu cometi...
Continuei a olhar para o chão, mas desta vez de vergonha, porque depois de me ter apercebido do que tinha feito, não tive coragem de voltar para trás. Então deixem me levar outra vez pelos meus pensamentos, onde coloquei aquela menina, como uma lição de vida para mim mesmo.
Queria que o tempo voltasse para trás, para pelo menos ter ouvido o apelo daquela criança, que com um olhar triste e medroso, sofreu tão jovem o peso do preconceito.

Porque amo...

Amo-te,
mas não te quero.
Tenho consciencia
plena dos sentimentos
que sinto.
Aguardo, pela morte
deste sofoco.
Amo-te,
mas para quê,
se tudo é um breve
suspiro.
agarro-me a mim
para te esquecer...
porque te amo
se já não te quero.
se já não sinto saudades.
desejo-te,
apenas isso
que com sentimento
esperei por ti,
e assim vou-te amando,
sem não te querer mais.
verdades,
escondidas por detras
de gestos de amor
gestos de carinho,
que anseio,
mesmo não te querendo.
Mas não consigo
deixar de te amar.
Caminho,
sobre esse sentido
amando-te
mas querendo
esquecer-te...

Espera do Vôo




A rapariga que podemos visualizar na fotografia, transporta-nos para um cenário artístico, uma espera ansiosa de que o pano se abra para inicializar uma dança poética. Sentada numa caixa de madeira invertida, no qual podemos ver letras, ao qual o significado nos é alheio. Pela maneira como esta sentada e da forma como apoia os braços e pés com a cabeça inclinada para baixo, mostra-nos uma preparação rebuscada de algo que provavelmente demorou algum tempo a ensaiar. Calcada com sapatinhas de seda, numa posição sobreposta, com focos de luz centrados na sua imagem, cria uma espectativa do que possivelmente ela fará quando se levantar. Esses mesmo focos que transportam a sua alma na tela branca colocada atrás, faz um retrato de um vulto, no qual podemos ver tons de cinza que espelham bem todo este conjunto de cores a preto e branco.
Com o seu cabelo castanho claro caído sobre seus joelhos, numas noances provocadas pelas luzes que vão na sua direcção, pode provocar em nós uma visão de moldura artística. E nesse chão coberto por ripas de madeira, esperamos que ela dance, numa junção de magia e realidade, em que o objectivo é só um, apenas brilhar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nevoeiro de Moledo



" Aquela rua escura e negra, transporta-me para um abandono poetico, da propria consciencia humana. Gentes que como gente, olham com um olhar triste para a vida, caractericando-se de negro, em que como focos de luz nessa rua fria, sao poucos os momentos da vida dessas gentes, em que podem sorrir. e mesmo assim nao deixam de existir, assim como esta rua, embriegada de solidão."

Tudo aquilo....

tudo aquilo que é, não parece
tudo aquilo que parece, não é
tudo aquilo que possa ser, não quero
tudo aquilo que possas parecer, nao me interesa
tudo aquilo que somos, foge
tudo aquilo que fomos, estranhei
tudo aquilo que iremos ser, temo
tudo aquilo que compensa, é pouco
tudo aquilo que se transforma, é obscuro
tudo aquilo que satisfaz, não é nada
tudo aquilo que complenta, não me pertence
tudo aquilo que completa, é um vazio
tudo aquilo que se desfaz, não acreditei
tudo aquilo que se constroi, não é nosso
tudo aquilo que se perde, foi nosso
tudo aquilo que se conquista, irá ser nosso
tudo aquilo que se pertende, odeio

tudo aquilo que quero, és tu
que em tudo aquilo que és:

parece...
é...
quis...
interesou-me...
nao fugi...
nao estranhei...
nao temi...
foi muito...
é claro...
é tudo...
acreditei...
é nosso...
e amei...

apenas
porque tudo aquilo que sou
é tudo aquilo que me fazes sentir.

BLOGS

E pensar para quê?
Ninguem vai ler isto mesmo, apenas uns quantos conhecidos por aqui passam, naquela de dizer em tom bem alto... "estive no teu blog". Uau, que bom...e dai.
seguindo aquele tom sarcastico de quem diz, estive lá, com aquele ar de...(ja te fiz um favor, agora é a tua vez.)

Entao a nossa verdadeira intencao quando visitamos algo de alguem, é numa tentativa desesperada que depois alguem vá ver o nosso, até porque existem uns quantos que contem o numero de visitantes, e depois é giro comparar uns com os outros e dizer, o meu tem mais visitantes do que o teu, faltando no fim a coragem de abrir as mãos colocar cada uma em cada lado do rosto e dizer, toma, toma.... (é nessa altura que nos cai a ficha e vemos que fazemos cara de ursos).

E para que tudo isto, se esta realidade falsificada, nos transporta para tudo aquilo que queremos ser, sem nunca nos ter-mos dado ao trabalho de ser mesmo. Sei que tudo isto poderá chocar alguns, mas a realidade é que por detras de um monitor, e um simples fim nos conseguimos conectar uns com os outros, muitas vezes mostrando ares diferentes dos nossos.
Obviamente isso não é condenavel, no meu ponto de vista é apenas ridiculo.

Depois temos aquelas mensagens banais, que nos transportam para um outro cenario,
um cenario mais carinhoso onde nos damos todos bem e gostamos todos uns dos outros, mensagem tão ficcionadas, que parecem mesmo tiradas de revistas cor-de-rosa, em que tudo é belo.

Deste fotos, a mensagem, pensamentos (não nossos), ideias, preconceitos, buscas, pareceres, tudo é possivel uma pagina intitulada de blog.
...mas afinal o que é um blog?

nao é nada... facil.
e é tudo... ainda mais facil.

Estranho é,
e pensa comigo...
a dada altura ouves uma frase ou um pensamento, que achas te graça, e decides colocar no teu blog....feitos meninos vamos a correr e colocamos, tambem por achamos piada, mas porque á muito nao diziamos a ninguem..." ja foste ao meu blog, tem lá mensagem novas"

E estamos mais uma vez a quase obrigar as pessoas a verem aquilo que se quissesem ver iriam lá, sem se dizer nada.

mas no fim é mais um visitante, e depois na distraçao, chegamos mesmo a colocar as maos abertas na cara, mas nao dizemos... toma, toma, toma, porque ai ja seria exagero.

mas enfim, nao se preocupem, porque no fundo todos nós somos assim.

p.s.: aqui que ninguem nos ouve, eu faço o mesmo...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Jogo do copo



Um simples e aparentemente inofensivo jogo, em que em cima de uma mesa é colocado um copo, à volta do qual se forma um círculo com as várias letras do abecedário, para que o copo alegadamente por si só se possa dirigir às letras e formar palavras em resposta às perguntas feitas pelos jogadores, está a deixar os praticantes, na maioria jovens, bastante transtornados, ao ponto de tentarem suicidar-se ou terem de recorrer a psiquiatras.

À partida parece absurdo a uma pessoa comum que um copo virado para baixo, apenas com a ajuda da energia de cada um, colocando o dedo indicador na borda, se possa deslocar sozinho na direcção das letras e formar frases que supostamente seriam as respostas às perguntas feitas, mas é isso mesmo que acreditam os jovens que praticam o chamado “jogo do copo”. Para os leigos, o “jogo do copo” passa a ser muito curioso, porque sentem a oportunidade de ter uma prova da existência de espíritos e de poder comunicar com eles.

Contudo, o jogo “pode ter graves consequências”, alerta a Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP), com sede nas Caldas da Rainha, que tem recebido no seu sítio na Internet uma grande quantidade de mensagens sobre este jogo.

José Lucas, da ADEP, esclarece que não se trata de uma sessão espírita nem uma prática corrente do espiritismo, sendo uma prática mediúnica e “um meio de comunicação entre o mundo visível e o mundo invisível, que nada tem de mal quando usado nos locais próprios, por pessoas devidamente preparadas e para efeitos de assuntos sérios”.

“Não é jogo nenhum, não é nada mais que um meio de comunicação com o mundo espiritual, onde é usado um copo como "guia" e um conjunto de letras e algarismos para ser possível a formação de palavras ou quantidades. O mal está no seu uso por pessoas impreparadas, para satisfação de curiosidades”, indicou.

Segundo sustentou, “este tipo de actividade é muito perigosa e não deve ser efectuada, pois a pessoa corre perigo de obsessão espiritual. Como é uma prática fútil, sem objectivos nobres, focalizando apenas a curiosidade, são os espíritos inferiores e por vezes obstinados no mal que se apresentam, pois os espíritos bons e nobres não perdem tempo com futilidades”.

José Lucas disse conhecer “variadíssimos casos de obsessão espiritual por parte de pessoas que brincaram com este tipo de assuntos sem terem preparação para tal, e posteriormente demoraram muito tempo a libertarem-se dessa situação”.

Relatos de vários jovens com problemas psiquiátricos devido ao “jogo do copo” chegaram também à Associação Cultural Espírita (ACE), com sede nas Caldas da Rainha. Ana Oliveira, presidente da ACE, reconheceu que “muitas vezes os espíritos que se manifestam são brincalhões e provocam problemas aos jovens”.

“O objectivo dos jovens é terem certeza de que há comunicabilidade com os espíritos, acham engraçado o copo mexer-se, ir direito às letras e formar frases, só que às vezes fazem perguntas sobre as famílias e ficam transtornados com as respostas. Por exemplo, recebem respostas de que um amigo vai morrer e às vezes as coisas acontecem e eles ficam com medo e em pânico”, explicou, elucidando que “no espiritismo nós nunca fazemos perguntas aos espíritos”.

“O que parecia ser um simples jogo já teve consequências graves, com os jovens perturbados a terem de recorrer a psiquiatras”, relatou Ana Oliveira.



Curiosidade

Em Portugal existem centenas de relatos de experiências mal sucedidas e noutros países também o “jogo” fez polémica, tendo inspirado em Inglaterra um filme de terror intitulado “O jogo dos espíritos” e no Brasil deu origem à publicação do livro “Copos que andam”.

A curiosidade começa nas escolas e tornou-se “moda” e muitos são os que se questionam se serão os “copos que andam” apenas uma "ingénua" brincadeira.

Sofia, de 15 anos, fez uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos e assim tentar saber notícias do seu primo, falecido num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e ao perguntar quem estava presente, diz que a resposta foi "Satanás". Sofia ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o diabo.

Vera, de 17 anos, mostra-se confusa com o resultado, pois acha que falou com espíritos “bons e maus”, não sabendo se deve acreditar na conversa que diz ter mantido, ao longo da qual se assustou quando um dos espíritos a terá alertado para não rir durante a sessão.

Daniela conta que está “obcecada” pelo jogo e quando tem um “furo” na escola vai jogar com alguns amigos, mas tem receio e dúvidas se lhe pode acontecer alguma coisa de mal.

Outra jovem relata que “conheço um pequeno grupo de jovens que fizeram por várias vezes o jogo. Uma das jovens tinha perdido a mãe e num dos dias um dos espíritos anunciou ser sua mãe e começou a levar a jovem a revoltar-se contra o pai. Passou a ser péssima aluna, agressiva com todos e quase à beira da loucura. Levada a um bom psicólogo aos poucos foi-se abrindo e acabou por dizer que o espírito da mãe lhe dissera para se suicidar. Outra das jovens do grupo passou a sofrer de pânico. Não ia às aulas, passando a não dormir dias seguidos. Um dia tomou uma caixa inteira de comprimidos e foi levada ao hospital. Os outros elementos do grupo tiveram também de recorrer a tratamento psiquiátrico”.

Outra rapariga conta que “tenho 17 anos e quis experimentar o jogo por mera curiosidade. Tive um caso com um espírito que dizia que me amava. Ele fazia-me sofrer imensos e até tentou matar-me. Pedi ajuda a uma espiritualista, que me disse que eu estava a ser "chateada" por um demónio para levar a minha alma para o inferno. Ele ainda continua a "chatear-me", sendo às vezes impossível dormir à noite por sentir presenças más no meu quarto. O meu conselho é que nunca se metam a fazer esse tipo de jogos porque senão a vossa vida torna-se como a minha: um inferno”.

Mais uma jovem apavorada: “Uma amiga minha perguntou em que dia ia morrer e o copo dirigiu-se ao número 5. Ficámos todos aterrorizados. Será que vai morrer daqui a 5 anos? Ou num dia 5? Num mês 5 (ou seja Maio)?”.

“Era extremamente céptico quanto a isso mas muito curioso também. Acabei por matar a minha curiosidade ao fazer o jogo, mais do que uma vez. O mais esquisito que acontecia comigo era sair do jogo completamente sem forças físicas, ao ponto de chegar a cair no chão, sentir tonturas e dores de cabeça”, descreve um rapaz praticante.




Explicação científica

Não há uma explicação cientificamente provada que diga porque é que os copos se mexem, como afirma a maioria dos praticantes do jogo.

Para alguns, o movimento não é mais do que a mera transferência de energias de uns para outros, passando pelo copo. Uns têm as energias mais fortes que outros, atraindo o copo para si.

Outros sustentam que para conhecer porque se move o copo, basta estudar a Física. O copo move-se seja sobre que material for. Há quem explique que o copo causa fricção em certos materiais e faz com que se desloque sozinho, sugerindo a quem não acredite que tente fazer o jogo do copo em materiais tipo alumínio, ferro ou azulejo.

Fácil de fazer

O “jogo do copo” é fácil de fazer. Só é preciso escrever em pequenos quadrados de papel, com aproximadamente 3x3 cm, as letras do alfabeto e os números de zero a nove. Deve-se escrever também um “sim” e um “não”. As letras e os números são colocados por ordem numa mesa e o “sim” e o “não” mais ao meio. Depois coloca-se um copo no centro da mesa. Quando for para começar os jogadores devem dar as mãos e concentrarem-se. Quando já estiverem todos concentrados devem colocar o dedo indicador na borda do copo e iniciar as perguntas.

Medo



O medo é um sentimento que é um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.

O medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico.

São Cipriano



Quem era o místico São Cipriano? Um santo, um feiticeiro, ou um bruxo na pior acepção da palavra? O que esconde o livro de São Cipriano? Conheça um pouco da história de um dos nomes mais míticos da fé.

Tascius Caecilius Cyprianus, conhecido popularmente pelo Feiticeiro, nasceu na cidade de Antióquia, algures entre a Síria e a antiga Arábia. Foi enviado para o sacerdócio dos deuses pelos seus pais, e lá aprendeu toda a lei do sacrifício e da arte de idolatrar algo/alguém. Do seu currículo contam-se inúmeros trabalhos teológicos, muitos deles de valor reconhecido. Porém, uma viagem à Babilónia com o intuito de aprender astrologia e numerologia, levou-o para os caminhos misteriosos da magia. Foi por esta altura, já após ter completado os 30 anos, que Cipriano tenta o contacto com os demónios!

Nas bancas é possível encontrar o famoso livro de São Cipriano. E quem nunca ouviu falar dele? Ainda assim, é de salientar a existência de dois livros: um que ensina magia preta ou branca, para além de todas as artimanhas ligas à sorte, e outro, contendo orações de amor, podendo lá encontrar-se orações inofensivas, outras maléficas, e algumas verdadeiramente repugnantes. Cipriano apurou a sua malvadez, o sarcasmo, e aproveitou-se desse facto para estudar a magia, tanto a mais ingénua como a mais fatal possível. O objectivo foi sempre entrar em contacto com demónios, e conseguir ter com eles uma relação de proximidade.

A par deste método de estudo que Cipriano desenvolveu na Babilónia, é ainda de realçar a vida que o mesmo fazia por lá: imprópria, escandalosa, sempre muito longe das bases que regem um homem da fé. A vida de Cipriano começou a afundar-se cada vez mais, à medida que tentava estabelecer contacto com os demónios, através de diversas magias. Eusébio, antigo companheiro de estudos, tentou ainda tentar salvar Cipriano, mas este apenas desprezava a sua ideologia. Cipriano, completamente dominado pela bruxaria, chegou mesmo a desprezar a lei cristã, ridicularizando-a ao máximo, e chegando a unir-se, mais tarde, aos bárbaros, para obrigar os cristãos a renunciar a Jesus Cristo.

Uma história que se conhece acerca de São Cipriano é aquela que fala de Justina e Adelaide. Foi esta a história responsável pela conversão de Cipriano. Justina era bela e rica, jovem totalmente entregue à fé cristã. Um rapaz chamado Adelaide ficou encantado por ela desde a primeira vez que a viu, e apesar dos seus pais concederem a mão da filha ao jovem, Justina não concordou casar com ele. Foi nessa altura que Adelaide procurou Cipriano, recorrendo este aos métodos mais diabólicos para conquistar a jovem. Inúmeros fantasmas começaram a atormentar Justina, mas esta conseguiu salvar-se de todos os malefícios de Cipriano. Este episódio originou uma enorme disputa entre Cipriano e o demónio que havia contactado para o ajudar, chegando o demónio a apoderar-se do corpo de Cipriano. Porém, o demónio foi logo obrigado a sair graças ao poderes de Jesus Cristo, que o defendeu na altura.

Conta-se que Cipriano procurou de imediato o seu amigo Eusébio, reconhecendo todos os seus erros e a força da cristandade. Desta forma, Cipriano empenhou-se numa grande batalha para conseguir vencer as tentações do Diabo, que o avisaram desde logo que Cipriano teria um lugar no Inferno por os ter abandonado. Cipriano viria a queimar todos os seus livros de magia, deu tudo aos pobres, e ingressou no grupo de catecúmenos. Cipriano viria também, posteriormente, a ser baptizado pelo Bispo, e ser considerado um santo por muitos graças à sua entrega.

A sua conversão à fé foi tanta que, tempos depois, Cipriano e Justina foram presos, e vítimas de diversos horrores, talvez por inveja daqueles que tanto apregoavam a fé. Atirados para um caldeirão de alcatrão, banha e cera a ferver, Cipriano e Justina limitaram-se a permanecer serenos. Como os dois mártires não sofreram, Diocliciano, um das pessoas detentoras de maior poder, ordenou que ambos fossem degolados, no dia 26 de Setembro, nas margens do rio Galo.

A vida do feiticeiro, bruxo, e astrólogo Cipriano foi repleta de avanços e recuos no que compete à fé e religião. De feiticeiro ele passou a Santo, protagonizando acções dignas de uma pessoa com este título, e realizou autênticos milagres. Para trás ficaram as magias, rezas, o sofrimento, e o contacto com os demónios que levou Cipriano a cometer as maiores loucuras. Não se sabe se seguiu para o inferno ou não, mas apenas que a vida de Cipriano originou sempre muita discussão e controvérsia. Para que perceba até que ponto podia ir a perversidade deste homem, fique a conhecer uma oração sua. Esta oração deve ser rezada com uma vela acesa e uma faca de ponta nas mãos, colocando o nome da pessoa no lugar de ‘fulano’. Esta é uma das tais orações que pode ser usada para fazer bem ou mal, dependendo da intenção de quem recorre a ela.

Estende-me a mão



Acendo um cigarro e coloco uma musica, numa tentativa de me inspirar para escrever algo. Vejo afinal que todos os sentimos são colocados na mente por nós priprios.
Converso então comigo, questionando-me da minha propria existencia, sem sequer me importar comigo.
E nesta breve existencia de nada, de um espaço vazio, quero me de volta.
Quero apenas estender a mão a mim proprio tirando-me desta estranha forma de vida, em que vou vivendo, caminhando, sorrindo, e que em nada me satisfaz.
Então tento ser um génio completo, quando na realidade sou um fracasso.
Quero apenas viver sem ter medo daquilo que possa eu mesmo racionalizar, fugindo das verdadeiras questoes da vida, em que não fazendo parte de mim me pertencem num suspiro tão arrepilante como um choro de uma criança faminta.
entao apercebo-me que sou não eu que quero dar a mão mas sim recebe-la sem medo de condenações impostas por mim mesmo.
Então espero por essa mão, que tarda em chegar...

Caminho limitado


À luz da vela escrevo
palavras infinitas e infamias.
Abri a janela do meu quarto
e reparei que chovia,
fez-me pensar em mim,
nesse mesmo dia eu tinha chorado.
é noite e esta escuro
assim como a minha alma
em que nesse dia a noite em mim
tinha chegado mais cedo.
Observo e ouço os carros
e penso que vidas vão dentro deles.
Será que sofrem como eu?
Será que choram como eu choro?
penso naquilo que me rodeia
em pensares e conversas de café
tão futeis como eu me sinto, ou senti
Nesse momento volto a reparar que não pára de chover
Gotas como nós
vindas do céu para o solo,
um percurso de vida curto,como o nosso
que vimos de nossas maes, para um solo medonho
senti-me incapaz de desviar o olhar daquela água que não pára
e lembro me da minha vida,
que tento parar a todo o custo,
sem me aperceber que ai o tempo passou
e eu deixei de viver,
um passado ao qual ja nao posso viver,
e que sem mais, vi que perdi.

Acorda Diabo



O chorar do teu sorriso
penetra-me na alma.
porque fingues ser tao mau,
se todos nós temos o nosso lado bom
Senta-te e pensa
olha no funco do teu coração
e agarra-te
há obediencia de teu pai
Desprende-te dos sete pecados mortais
deixa-me viver aquilo que já viveste
e passa a viver aquilo que já vivi.
porque sorris da tristeza,
porque ficas triste quando alguem sorri

Aprende a sorrir meu querido Diabo...

Pergunta num silêncio de um olhar...




O luar preenche todo o vazio que te invade,
lava-nos a alma e não nos deixa voar...
A lava que escorre do teu coração,
é a chama acessa dentro de um olhar
perdido no meu tempo.
Tempo que acorda o ser da paixão
que só a morte sabe explicar.
Pois só quem ama
sabe o que é a solidão
e não sabe quem é o perdão
quem nunca chorou.
O sangue que te corre.
já correu no tempo da escuridão
do suor das magoas por ti vividas,
e são essas magoas que não vejo.
o teu sentir, já eu senti.
Olha nos olhos do meu espelho
e pergunte, quem sou eu.
ele nada te responderá
mas se perguntares, quem és
ele responderá num silencio de um olhar,

és linda como o meu luar...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Amares




Nem sempre as situações são como prevemos, e nestes casos de insucesso pleno, ou mera impotencia para alterarmos essas mesmas situações, criam em nós em frustração implacável, uma angustia de querermos mudar e não conseguir.
Por muitas voltas que a vida dê, epor muitos erros cometidos, por vezes não são os suficientes para nos apercebermos que estamos a cair outra vez, mesmo que quem esteja ao nosso lado, nos dê todos os sinais de insatisfação pura.
É ai que caimos entao numa busca desseperada de lago que nos pertence, de algo que é nosso, ou talvez não. No entanto procuramos nos outros, nós proprios sem nos apercebermos que não somos tomos iguais, mais sim parecidos, que nos levam a diferencas tao brutais como o sol e a lua.
Então paro e penso. Vejo afinal que nos amamos uns aos outros, com exigencias diferentes. Amores diferentes, que não deixam de ser amores. Então amo, e posso exigir que me amem a mim tambem, não da mesma forma ou intensidade, mas por e simplesmente que me amem.
Amar é um mero sentimento que doi e não devia, algo que fere sem pancada. Amar é estar vivo. Não quero, nem nunca quis que morresem de amor por mim, bem pelo contrario, que vivessem para me darem esse amor que há tempo busco. Encontrei talvez, não um amar igual ao meu, apenas um amar de alguem, que me ama assim como eu amo alguem.
Caminho então em ruas paralelas há minha propria vida, onde me escondo, para não perder esse amor, como se isso fosse possivel, mas mesmo não acreditando nessa possibilidade, refugiome nas minha proprias vontades, por não querer abafar sentimentos iguais ao meu, apenas com formas diferentes de sentir…e neste contexto ninguem me ouve, não por não gostarem de mim, apenas porque não falo, não digo, não peço, porque sempre me habituei a não faze-lo…e tudo isto é igual a nada, e ai sofro, não por vossa culpa, mas sim por minha, porque não vos chamei, porque não vos pedi… limitei me apenas a julgar-vos da minha propria ausencia, e pela vossa ausencia provocada por mim.
E deixo por fim morrer o sentimento, por mim proprio…
Apenas porque não sube amar…

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Amar





Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões

sábado, 6 de outubro de 2007



pois aqui estou eu a escrever sobre as duas pessoas mais importantes na minha vida, tudo pode mudar, tudo pode morrer, menos a admiracao te tenho por voces. palavras pra que se tudo aquilo que sinto por voces nao tem descricao possivel, apenas se sente.

tudo aquilo que sou e tenho, a voces eu devo, porque sempre deram sem cobrar, e a unica coisa que posso dizer, e que durante estes 25 anos, voces foram construindo em mim valores, e hoje tenho muito orgulho em dizer e chamar vos de pais.

mae:

es linda, por tudo o que ja passas te, sinto que tenho como mae uma grande mulher, cheia de amor pra dar. como podes ser tao fragil e ao mesmo tempo tao forte, e so espero que nunca te venha a desiludir.

pai:

com essa cara de mau, ja nao convences ninguem, porque por detras dessa cara, existe um homem que por muitas voltas que a vida tenha dado, e por muitas rasteiras que ela te pregou, mesmo assim nao es capaz de guardar rancor de ninguem, e por seres quem es e como es, e que te admiro como homem, como pai, marido, avo ...

e por tudo isto quero vos agradecer, pelos pais magnificos que sao.
e poderia estar aqui a escrever palavras sem fim, mas o que realmente vos quero dizer e que vos amo mais que tudo nesta vida.

obrigado por existirem, e por serem meus pais.
os verdadeiros parabens sao para voces