domingo, 31 de agosto de 2008

EU


Quem sou eu afinal,
a nao ser esta ausencia perdida
esquecida...
e aquilo que sou se torna lembranças
que de tao vulgar que sou
nao deixo saudades, nem a mim mesmo.
trago emoçoes dentro daquilo que julgo ser.
marco-me no acto em que me deixo.
deixo-me andar á deriva
entre estas ruas da vida.

A quem pertenco afinal,
a nao ser a mim mesmo.
nesta essencia maltida
nao penso mais
pensando que este é o principio do fim.
...então nao vale mais a pena o eterno
eterno da esperança.
voo aqui, agradando-me ao me ver.
vou entao ouvir a minha chegada
fugindo de mim, amamdo-me.

Para onde vou afinal,
senão tenho força para continuar.
rastejando pelos dias
em que o vento mal se sentia
na minha boca
sinto a amargura de nao ter horizontes.
prelongo-me em tristezas
meu chao estende-se nos passos que dou
cegando-me que está tudo bem
e eu feliz, vou acreditando.