terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Amo-te


Amo-te na ausencia
silencios recontruidos
por mim, nesta louca forma de te amar.
Amo-te na noite
escondio por detras da escuridão
que a noite nos contempla.
Amo-te na distancia
que perto de mim crias
colocando-te em sombras nossas
Amo-te na indiferença
que o teu olhar
provoca em ti.
Amo-te intencionalmente
porque em mim provocas
a constante presença do verdadeiro sentimento
de quem ama,
independentemente e tudo,
porque esse tudo,
não é nada
para quem ama
como eu te amo a ti.

Morri, e não dei conta...


Esta noite apelou a minha escrita de uma forma tão brutal, que não questionei, e apenas limitei a escrever. Chove lá fora tao intensivamente como a minha vontade louca de escrever.
Colocei-me na janela, e pensei em tudo aquilo que vivi até hoje. Estranho, mas não me lembro de quase nada, uma amnesia perfeita do meu passado. Talvez um sinal quase metaforico para a exitencia do meu ser.
Saborei toda aquela agua que caia levemente no solo, nunca até então, tinha visto uma chuva tão calma e tranquila como aquela. Era doce olhar para todo aquele cenario, que rapidamente me transportou para o imaginario do meu intimio, tornando-me uma pessoa completamente maravilhada. Abri a janela do meu quarto e coloquei a mão fora, para sentir a agua tocar-me. Parecia algodão, uma estranha forma tristemente carinhosa, e bastante suave. Todo aquele toque, de suavidade extrema, fazia feliz, e trazia-me calma. Era estranho toda aquela sensação.
Voltei a colocar a minha mão para dentro, e reparei que estava seca, como se nunca a tivesse colocado lá fora, e como se aquela agua nao me tivesse tocado. Foi magico.
Apercebi-me então que nao tinha sido o meu corpo que colocára a mão la fora, pois visualisei-me deitado na minha cama. Foi ai que percebi tamanha sensação de tranquilidade e de ternura daquele cenario chuvoso. Tinha morrido, por isso é que a vontade de escrever foi maior que eu, e por isso é que toda aquela agua nao me molhára. Esta num corpo espiritual, começando ali um novo caminho para a luz, uma nova vida.

Sinto-me bem ao teu lado


Sublinhei a alma,
em salticos de chuva,
e entreguei-a a ti.
Carrego a esperança de um olhar teu,
nessa mesma agua,
que salpicou o meu intimo.
Volto a ter em mim,
o cenário que nos uniu,
e que em esplendor
criou ardor em nós,
que mesmo chuvendo
não molhou o doce momento
em que me apaixonei pelo teu sorriso.
Acordo anesteciado
pela tu ausencia fria,
depois da noite quente que me deste,
e que ainda me dás.
Pinto em mim
a tua eterna capacidade de me olhares
com ternura,
apelando-me em teus braços.
Vais então aquecendo o meu coração
com teu ar de infancia pura
em que acordas
o meu sentimento
em cada gesto teu.
E com apenas o teu sorriso
fazes-me ver e acreditar
o quanto é bom amar.

Quero...


Quero ser quem voa,
por ceus imensos.
Quero correr sem destino ou direcção,
como quem anda destemido da existencia.
Quero ter livre agir,
como animal selvagem.
Quero falar gritando,
com ecos entrelaçados.
Quero sublinhar a vida,
carregando os textos vividos.
Quero sentir,
sem sentir vergonha de o sentir.
Quero rir bem alto,
sem olhares indescretos.
Quero chorar em prantos,
sem questionarem os porques.
Quero olhar para ti,
sem medo do que possas estar a pensar.
Quero que me ames para amar-te
num todo, e não apenas na parte.