...meu olhar meigo e destemido, faz me acreditar que tudo na vida é efemero, passageiro...
somos como ventos, calmos ou não... somos seres...apenas isso.
Então nesta melancolia angustiada, cresco sem querer, para um mundo sujo, ao qual quero viver alheio, mas que não me deixam.
Quero apenas voar por caminhos que não são os teus, nem os meus, mas que certamente serão de alguém que um dia voou, e sem saber para onde ia, foi feliz.

Entao quem me abraça é a solidão, abraça-me tao fortemente que me sofoca numa voz vazia, numa alma fria, num choro repetido. Casa escura, paredes experientes que gritam, muda…
Entao nesta certeza de incertezas adormeco, num jogo de tudo ou nada. Entao quem dorme comigo sou eu, que segredando-me um medo que reside em mim, e só ele me entende.
Este amor desgovernado pela vida, marcado pelo talvez, me arrebata e me agonia. e sendo assim desencontrado este meu amor dessesperado que outro amor eu sentiria, se agora tenho medo de sentir.

E é ai que quero ser livre para olhar este mundo, com um olhar diferente, sem ter medo do teu...