quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Amor envergonhado


Em folhas velhas,
e gastas leio o teu nome,
numa tinta cansada pelo tempo.
Contornos de abandono,
nestes textos que te mandei,
que escrevi só para ti.
Transformei todo o meu sentimento,
que com canetas sujas,
escrevi,
na esperança de um dia receber resposta de ti.
Mas não ligas-te,
e nem chegas-te a ler,
pois faltou-me a coragem de te enviar,
todo o meu sentimento por escrito.
Agora sento-me atras da minha sombra,
envergonhado,
por ter deixado de escrever o teu nome,
Não por te ter deixado de amar,
mas apenas porque notei que deixei de me amar a mim,
para amar-te a ti.

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