sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Felicidade

Parceria loucura, tentar explicar o embalo da minha alma, nestas caminhos da minha vida, suja, louca e até mesmo despresivel. Mas nestas palavras que vos escrevo, tentarei dizer-vos o que me move, nesta passagem curta, por esta vida. Um destino amarrado á angustia de viver solto. Nessas ruas estreitas, cresci, e perdi-me...
Canto agora magoas, deste meu fado vivido, que comove. E ao bater das cordas, nessa guitarra gasta, choro, sofro, e sinto saudades do que nunca fui.
Escondo a minha cara, num suor triste, num manto de fachadas, em que levemente vou sorrindo.
Solto-me de mim mesmo, um grito silencioso. Lavo minha cara, tentando apanhar as marcas do passado, caracteristicas visiveis de quem viveu atras de mim. Transporto-me sempre que posso para um pensar mais alem, e para quê, se tudo isto é vago. Não vos quero chamar para junto de mim, porque vos odeio. Quero que venham, por vossas vontades até mim, para vos puder amar.
Mentindo vos digo que sou feliz... meu deus, quem é feliz assim?
Reparo nas paredes que me rodeiam, frias, sós, quietas. Quem me olha assim, tão falsamente feliz?
Cinicos, mentirosos...todos vós, que até mesmo como eu, meramente penso em mim.
Não vos critico, apenas vos odeio, porque são como eu.
Acordo todos os dias, porque estou vivo, e assim tem de ser. Caminho, falo e sorrio, quando me apetece fujir deste mundo imundo por nós.
Sentado e quieto, observo-te...como eu, reages. Quem te trouxe afinal ao mundo. A ti, a mim, a todos nós...
Animais somos, e infelizes seremos, por estupidamente pensarmos. Quem me dera, viver ao sabor do instinto, sem planear, tudo aquilo que não tem planificação possivel, e todos queremos...a felicidade.

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