quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Conversa dos "eus"


-tu és sempre a mesma coisa, pára e pensa antes de falares.- disse eu para mim.
-Até tu. eu é que tenho sempre a culpa e tudo. Sabes que mais, eu sou assim. - disse o outro de mim
-Mas nem sempre as coisas são o que parecem ser, e tens de ter calma. - digo eu sem paciencia
-Importaste de me deixares quieto no meu canto. - Pedi-me a mim proprio.
-Ok. tudo bem. tu é que sabes. - prontamente respondi
-Tu tambem me vais deixar sozinho. Claro, é o mais facil. - Contestei
-Mas foi o que me pedis-te. - Respondi calmamente
-Atira-te da ponte. - ordenei
-Não queres mais nada. - cinicamente disse
-Então, não foi o que te pedi. - disse eu
-Mas afinal o que queres tu com isto tudo? - perguntei-me
-Nada, não quero nada. A unica coisa que quero ninguem vê, ou ninguem quer saber. - vitimando-me disse.
-Eu não te entendo. Tu tens de aceitar como as coisas são. Vês coisas onde não existem. Calma.- disse-me a mim, falando por outro eu.
-Claro, mais uma vez sou eu que tenho de ter calma, pensar nas coisas antes de as dizer. E os outros, porque nao fazem isso tambem. Isso já não interesa. Fazem e pronto. - questionei-me
-Filipe... Não te deixes levar por mim, nem por ti. Não questiones... Aprende a viver, sem colocares coisas onde elas não existem. Aprende... meu querido filipe. - disse-lhe eu.

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