
Ali abandonei-me, naquele baloiço.
sentei-me quieta, morta, pelo que a vida me tinha feito. Era sombra de mim mesma...
Roubaram-me o que de mais precioso eu tinha, a minha infancia. Sujaram-me, e eu sem nada puder fazer, gritava dentro de mim, e apelava para que a morte me levasse.
Sem dignidade foi vivendo, e agora respiro apenas porque sou cobarde, e não tenho coragem de acabar com tuda a vergonha que em mim se instalou.
Acreditei em ti, e chamei-te de pai. Teu sorriso enganou-me, que num olhar mau, te deitas-te sobre mim, e levas-te aquilo que era meu.
Tenho nojo de mim. Tocas-te e beijas-te a minha pureza, em tons de malvadez. Nesses crueis momentos, tornas-te-me imunda.
Não consigo levantara cabeça, e olhar-me ao espelho. Porque roubas-te a minha essencia, quando no mais mais intimo te amei como pai.

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