quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Solidão


Para onde me levas solidão.
Caminho sem destino, deixando rasto de mim mesmo pela vida que me acompanha. Quero deixar de andar contigo de mãos dadas, vivo facetadamente indiferente a mim, ao que sou, ao que me tornei, e com medo do que possa vir a tornar-me, fujo de mim, abraço a solidão. Respiro fortemente na obrigação da minha existencia.
Portas a dentro do meu "eu", escondo-me.
Preso, cassulo-me... deixo o tempo passar na nostalgia das minha vivencias, e sufoco todo o meu presente, pela saudade de um futuro que quero a todo o custo. Embriagadamente rotulo-me, fugindo da realidade, porque não me encaixo no meu pensar. Neste decerto que a vida me impôs, vou caminhando só, tão só, que me esqueci de mim. e neste percurso longo, espero sinceramente que um dia, esta areia que toca nos meus pés, se torne em piso firme e solido, como eu por breves existencias minhas já pisei.

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