
Para onde me levas solidão.
Caminho sem destino, deixando rasto de mim mesmo pela vida que me acompanha. Quero deixar de andar contigo de mãos dadas, vivo facetadamente indiferente a mim, ao que sou, ao que me tornei, e com medo do que possa vir a tornar-me, fujo de mim, abraço a solidão. Respiro fortemente na obrigação da minha existencia.
Portas a dentro do meu "eu", escondo-me.
Preso, cassulo-me... deixo o tempo passar na nostalgia das minha vivencias, e sufoco todo o meu presente, pela saudade de um futuro que quero a todo o custo. Embriagadamente rotulo-me, fugindo da realidade, porque não me encaixo no meu pensar. Neste decerto que a vida me impôs, vou caminhando só, tão só, que me esqueci de mim. e neste percurso longo, espero sinceramente que um dia, esta areia que toca nos meus pés, se torne em piso firme e solido, como eu por breves existencias minhas já pisei.

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